Plano de Pastoral | Diocese de Fortaleza


DOM JOÃO CARLOS CARDEAL VITALI
POR MERCÊ DO SACRATÍSSIMO CORAÇÃO DE CRISTO
BISPO DIOCESANO DE FORTALEZA

 

prot. nº 004/2024

PLANO DE PASTORAL - PRIMEIRO SEMESTRE

A todos que esta lerem ou desta tomarem
conhecimento, graça e paz de Deus, nosso Pai.

1. O governo diocesano requer do bispo a autoavaliação e a visão de futuro, a fim da evolução diocesana, no que se refere ao regimento interno e ações internas e externas. Além do mais, como é escrito no decreto Pasces Oves Meas, “é necessário que o bispo seja solícito para com a igreja particular de modo que a persevere sempre na constância, utilizando-se de recursos que sempre deem avivamento à igreja particular, abarcando todos os fiéis”[1].

2. Nesse sentido, vimos por bem a elaboração deste plano de pastoral semestral, a fim de elencar os planejamentos e anseios de nossa diocese. Este plano será dividido de acordo com as necessidades pastorais diocesanas, sendo de acordo com o que foi abordado na reunião preliminar com o colégio de consultores.

PARTE I
ÂMBITO FORMATIVO

3. O Seminário é o coração da diocese e é joia rara aos olhos do bispo diocesano, pois é a partir dele que se faz o futuro da diocese. Nesse sentido, fica planejado ao seminário:

§1 A ereção do Seminário Maior São José, abarcando o antigo seminário propedêutico e, agora, podendo dar formações a todos os níveis, de acordo com o decreto Scientia et Veritas, do Papa Paulo II;

§2 A elaboração de apostilas formativas para o que se erige, de acordo com o §1;

§3 A revitalização da estrutura de formadores, deixando o corpo formativo mais preparado;

§4 A reforma externa do prédio do seminário.

4. No que se refere à formação contínua do clero, “o bispo tem a responsabilidade de cuidar do seu clero. Isso inclui a formação, a supervisão e o apoio espiritual e pastoral dos sacerdotes que estão sob sua autoridade. O bispo, como pai espiritual, deve estar atento às necessidades e desafios enfrentados pelo clero, garantindo que estejam bem equipados para cumprir sua missão pastoral”[2]. Nesse sentido, ficam planejados:

§1 A elaboração de formações para todo o clero;

§2 A promoção das catequeses semanais e de grupos de estudo;

§3 A elaboração de um retiro para os padres, a fim de incentivá-los no trabalho pastoral;

§4 A criação da ouvidoria da diocese, formada pelo secretário do bispado e um membro, a fim de perceber os problemas que ocorrem na diocese.

PARTE II
ESTRUTURA PASTORAL

5. O bispo diocesano tem, segundo a Pasces Oves Meas, “o dever de apascentar, que engloba a responsabilidade de reger e cuidar do povo de Deus e do clero, é um dos princípios fundamentais do papel do bispo na Igreja. Esse dever é inspirado na imagem do bispo como pastor, seguindo o exemplo do Bom Pastor, Jesus Cristo, que deu a vida por suas ovelhas (cf. Jo 10,11).

6. Nesse sentido, em primeiro lugar, a diocese deve ter uma base propícia para o trabalho laical, o que, pelo que observo, a nossa Igreja Particular ainda não tem. Nesse sentido, fica expresso o desejo:

§1 Da criação da pastoral familiar, destinada aos leigos, utilizando dos meios sociais corretos para auxiliá-los na boa vivência cristã em Minecraft;

§2 Da nomeação de pessoas que competem a esse desígnio, a fim de promover o trabalho e a ação laicais na nossa diocese.

7. Agora, em se tratando dos aspectos pastorais, há a necessidade da criação de uma pastoral que seja responsável pela liturgia na diocese – seja na elaboração de ritos, na confecção do semanário litúrgico e na organização de eventos diocesanos. Nesse sentido, a diocese precisa

§1 Da criação da pastoral de liturgia, a fim de ser a responsável pelo que foi tratado no nº7;

§2 Da nomeação de clérigos que estejam aptos para o serviço litúrgico, no que se refere à pastoral litúrgica, devendo ser estes estudiosos sobre a liturgia e disponíveis para o trabalho da pastoral.

8. Além do mais, um dos anseios meus como bispo diocesano, é formar o povo desta diocese. E, nesse sentido, é importante um espaço para estas formações e catequeses. Outrossim, como um bom jesuíta, admiro a leitura filosófica e teológica, sendo assim, fica elaborada

§1 A construção do Centro de formação e catequese Santo Agostinho, que ficará por responsabilidade dos jesuítas;

§2 A formação contínua diocesana, organizando eventos de catequese para espalhar a doutrina e a fé católica.

9. Noutro aspecto, para uma maior organização das atividades diocesanas, é necessária a elaboração de uma rotina ou agenda semanal diocesana com os eventos da diocese. Além do mais, estas agendas auxiliarão e muito nos relatórios mensais que a diocese envia à nunciatura apostólica.

10. E, enfim, para abarcar todas essas necessidades das pastorais, é evidente a necessidade da construção de um centro de pastoral ou um prédio curial, a fim de unir gabinetes para todas as funções das pastorais diocesanas.

PARTE III
ASPECTOS VISUAIS

11. Primeiramente, devemos entender que a nossa comunidade é, por natureza, visual, virtual. Nesse sentido, é importantíssima a discussão sobre este alicerce na nossa diocese. Portanto, planejam-se:

§1 A criação da pastoral da comunicação (PASCOM Diocesana), com as nomeações decorrentes;

§2 A reforma geral do site da diocese;

§3 A reforma nos grupos da diocese, unindo-os numa só comunidade e criando outros grupos anexos a esta para as pastorais e movimentos;

§4 O revigoramento da página do Instagram.

PARTE IV
ASPECTO HISTÓRICO

12. Observando com veemência o que foi decretado na Successionem Servare, do Papa Paulo II, na qual retrata o valor histórico da comunidade e a importância do zelo para o qual, elaboram-se:

§1 O resgate histórico da Diocese a fim de arquivar na cúria e no site oficial da diocese;

§2 O alistamento do clero diocesano;

§3 O alistamento das capelas e igrejas, com suas respectivas coordenadas e história paroquial;

§4 História da cátedra diocesana; dos bispos que passaram;

§5 O fichamento dos documentos principais da diocese (ereções, nomeações etc.).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

13. No início do exercício de meu múnus como Bispo Diocesano desta amada diocese, desejo ardentemente, unido a todo o clero e povo de Deus, trabalhar com solicitude e zelo para o bem desta diocese.

14. Ademais, peço o comprometimento de todos para que nossa diocese evolua em vários aspectos, pois um bispo sozinho não faz nada na diocese. É preciso a ajuda de todos, principalmente daqueles que estão mais próximos da administração de nossa diocese.

15. Sem nada mais a acrescentar, rogo a São José que, com os seus exemplos, possamos guiar bem a Igreja, que é o povo de Deus. Que a Senhora da Assunção nos guie; ela que é modelo das vocações, nos ensine a sermos, cada dia mais, afáveis ao Cristo. Que o Sacratíssimo Coração de Jesus seja o norte e que, por sua proteção, sejamos feitos bons instrumentos de seu Amor.

In Cor Iesu, com estima,

† JOÃO CARLOS Card. VITALI
 Bispo Diocesano

 


[1] Decreto Pasces Oves Meas (Dicastério para os Bispos), 45;

[2] Decreto Pasces Oves Meas (Dicastério para os Bispos), 41;







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